quarta-feira, 23 de março de 2011

Hoje, um dia como os outros


Hoje cedo o céu amanheceu meio cinza
Barulho de ventilador no quarto
Pela Janela, pouca luz chegando até a cama

Do andar de cima escuto som de água pelo ralo
Da parede, ao lado, escuto o som de alguém lavando os pratos
Imediatamente o despertador toca comigo já acordado

São 6h e o mundo parece bom
Um silêncio macio toca um som harmonizado
Não é hit de rádio, mas um som de tempo composto, descompassado

O ventilador está a rodar
Não se ouve barulho de criança, tampouco zoada de bar
É uma manhã comum como outra qualquer
É como se o cinza do dia demonstrasse a preguiça do dia
É como se Deus estivesse deitado em lençois cinzas com a mesma preguiça que estou de me levantar.

Portanto, me levanto, respiro, lavo o rosto, desperto
O dia amanhece, o cinza se mostra e a beleza da chuva se deita
Hoje é um dia como os outros
Preciso correr, preciso trabalhar.

Saulo Leal
23.03.2011